As faculdades de psicologia das duas universidades oferecem o tratamento gratuito a mulheres entre 19 e 30 anos que admitam estar insatisfeitas com seu aspecto físico e queiram participar de forma voluntária do projeto.
A coordenadora do estudo científico e catedrática em psicologia da Universidade de Granada, Maria del Carmen Santaella justifica a importância do tratamento de pessoas consideradas feias “porque a preocupação com o aspecto físico afeta de forma alarmante a uma parte importante da população”.
“O ideal de beleza transmitido pela família, amigos e mídia é tão rígido na nossa sociedade que chega a alterar a percepção que uma pessoa pode ter sobre o que é uma aparência normal”, afirmou.
“São padrões inalcançáveis que acabam provocando transtornos graves, o que em psicologia chamamos de descontentamento normativo”, disse à BBC Brasil.
Sem critérios
Para participar do projeto não há um critério estético. Cada candidata que se ache feia e considere que o aspecto físico lhe cria problemas emocionais e de adaptação social, pode se inscrever.
Mas as universidades valorizarão históricos como obesidade (índice de massa corporal igual ou superior a 30 pontos), transtornos de alimentação e tentativas excessivas de dietas e exercícios físicos.
A equipe de investigadores selecionará as mais feias considerando também fatores psicológicos provocados pela falta de autoestima como ansiedade e depressão.
“Não se trata apenas de fazer com que as pessoas se sintam mais bonitas, mas que reduzam seus níveis de estresse”, explicou Santaella.
“Uma vez que deixem de atentar contra si mesmas, lhes ajudamos a controlar a ansiedade, aumentar seus sentimentos pessoais, reconhecer sua beleza e reduzir o mal estar que lhes provoca o próprio aspecto.”
O projeto será dirigido pela clínica de psicologia da Universidade de Granada que já colabora com outros grupos de investigação na Holanda e na Alemanha em tratamentos de pessoas com transtornos de obesidade, bulimia e anorexia.
Fonte: Testosterona
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